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Museu de Artes Visuais(MAV) faz lançamento do seu acervo na plataforma digital Tainacan

Tainacan, nome indígena de uma deusa, integra sistemas estelares. “O Tainacan é a consolidação da ideia de pensar um software para política pública"



O Museu de Artes Visuais da Unicamp (MAV) está integrando todo o seu acervo aos demais museus brasileiros. Foi feito o lançamento da inclusão do museu na plataforma “Tainacan” que vai fazer esse acesso digital. O evento de lançamento, coordenado pela diretora do MAV, professora Sylvia Furegatti aconteceu no último dia 23 de março, de forma remota e contou com a presença do pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Fernando Antônio dos Santos Coelho, a assessora técnica do MAV professora Flávia Leão e o professor de pós-graduação de ciência da Informação da Universidade Federal de Brasília (Unb) e responsável pela plataforma, Professor Dalton Martins. O evento também marca as comemorações de 10 anos de criação do MAV.

A diretora do MAV destacou a importância do trabalho que foi entregue neste evento e o fato do lançamento estar sendo feito de forma online. “Não estamos mais em pandemia, mas seria impensável fazer um lançamento como esse, de uma plataforma virtual, que não de uma forma virtual”, comentou Furegatti.

Segundo o pró-reitor, esse lançamento se reveste de muita importância por dar acesso público ao acervo do MAV e também pela integração com os demais museus do país. “É um momento de grande deleite e obviamente de enorme prazer pela qualidade e diversidade que esse acervo representa”, declarou Coelho. 

Para a assessora técnica do MAV, fora os aspectos técnicos conquistados, essa novidade é motivo de comemoração. “É um evento de celebração do lançamento da plataforma Tainakan e essa é uma ocasião de grande alegria para mim e para todos que trabalham no museu com essa possibilidade de extroversão desse acervo de forma pública, aberta e gratuita”, afirma ela. Flávia informou que todo o projeto estava pronto para ser lançado em 2020 quando as atividades foram interrompidas pela pandemia do Covid19. “Tivemos que nos reinventar e seguir com nossos objetivos de trabalho em modo virtual no Mav” comentou. “Essa nova condição impulsionou distintas iniciativas de trabalho como a promoção de webinários, a ampliação da presença do museu nas redes sociais, a disponibilização de novos conteúdos no site oficial do museu bem como a criação do projeto MAV digital", acrescentou a assessora do MAV.

Segundo ela, o período de distanciamento também favoreceu o trabalho de conservação do acervo, que foi melhor alocado na reserva técnica e teve suas peças higienizadas e 

acondicionadas individualmente além de ter parte dos metadados revisados, conforme informou durante a apresentação da plataforma.

Flávia explicou que foi um árduo trabalho dos funcionários do MAV e bolsistas para que a base de dados contasse com um total de 825 imagens (60% do Acervo) já integrados a essa plataforma. “Esperamos que até o final deste ano a gente consiga ter as 1.375 peças (100%) do acervo integrando a base de consolidação dos arquivos de imagens”, aposta ela.

O professor Dalton Martins, conta que o Tainacan nasceu em 2014 de uma política pública e se constitui em uma plataforma de tecnologia e de pesquisa. “Muitas coisas a gente vem desenvolvendo na Universidade de Brasília junto com outras universidades parceiras como a Universidade Federal do Espírito Santo, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul e também envolvendo a Unicamp por meio do Museu” explicou o professor.

Para ele, o Tainakan é a consolidação da ideia de se pensar um software para política pública e que conseguisse oferecer uma ferramenta recomendada por essa política, para as instituições culturais não só museológicas, mas também aos centros de cultura.

O acesso a essa plataforma é pelo site: tainacan.org

 

Veja também o vídeo de lançamento do MAV nesse projeto no link: