A oficina de cultivo de plantas medicinais, que abrange conhecimentos ancestrais e científicos, está em sua terceira edição, no Espaço Cultural da Casa do Lago, da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp. A oficina tem como objetivo proporcionar aos participantes a troca de conhecimentos e experiências sobre o uso das plantas medicinais, a história dos fitoterápicos, além do resgate dos saberes populares e ancestrais sobre a utilização e cultivo das plantas e seus recursos terapêuticos. Ela é gratuita e oferecida semestralmente, por João Ernesto de Carvalho,da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, e Mariana Nagle dos Reis, doutora em Engenharia Agrícola e especialista em plantas medicinais, para o público interno e externo à Universidade, com nos meses de fevereiro e julho de cada ano.

Nesta edição, a oficina está na segunda etapa, que aborda a colheita, as melhores práticas pós-colheita (como o correto beneficiamento e armazenamento de plantas medicinais), o preparo de fitoterápicos (como tintura, infusão, maceração, decocção e garrafadas) e o preparo de cosméticos a partir de plantas medicinais. Na primeira etapa do curso, que é o berçário de mudas, os alunos produziram as mudas que foram plantadas nos canteiros, formando assim o Jardim Medicinal.

A arte, a cultura e a ancestralidade dos povos indígenas também estão representados na decoração das paredes dos canteiros suspensos e na mandala infantil do Jardim Medicinal. As pinturas e os grafismos foram feitos pelos indígenas representantes de três etnias: Kuikuro, Dessano e Kariri Xocó Bokuya.